No dia 21 de Junho de 2010, dia regido pela Lua (segunda-feira), às 8 horas e 2 minutos, o Sol adentrará o signo de Câncer, anunciando o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e de Verão no Hemisfério Norte.
Para nós este é o marco da trajetória anual do Sol, que a partir desta data volta a ampliar sua emissão de luz sobre a Terra e a expulsar a escuridão invernal. Por isso esta noite é a mais longa do ano, e seu simbolismo se relaciona com a chegada de um novo Deus, ainda bebê, que é reverenciado como a criança prometida.
Assim é comemorado o solstício de inverno nas antigas tradições pagãs, sendo este momento de nova sintonia com a esperança e de preces pela libertação daquilo que já está obsoleto e desgastado em nossas vidas. A finalidade última deste processo é irmos ao encontro da criança interior e nela encontrar possibilidade de expressar pureza e alegria renovadas.
Lembrando que simbolicamente trata-se aqui do eixo de signos Câncer e Capricórnio cuja dinâmica traz presente a base e a estrutura, a fonte e a criação direcionadas para a realização daquilo que essencialmente busca se expressar.
Posterior ao Solstício teremos, no dia 26 de Junho, um alinhamento planetário que mais uma vez ativará a grande configuração coletiva do T-quadrado transformando-a em uma Grande Cruz, e estabelecendo, desta forma, uma relação entre Sol, Lua, Plutão, Saturno e a conjunção Urano-Júpiter em uma relação angular de 90 graus, cujo centro situa nosso Planeta Terra.
A Grande Cruz é um padrão cósmico que, nas palavras de Dane Rudhyar, “simboliza a in-corporação total da idéia, ou propósito, ou self, em outras palavras, realização na existência concreta e objetiva”.
Nesta configuração, estaremos vivenciando a Lua Cheia (Sol em oposição à Lua) a 4 graus de Capricórnio, em conjunção exata a Plutão, o eixo dinamizador da ruptura paradigmátca de Saturno-Urano. Assim o Sol estará em oposição a Plutão, mais uma vez chamando a consciência a se transformar – o que pode ocorrer “por bem ou por mal”.
É importante lembrar que todo processo de transformação tende a trazer possibilidade de cura e evolução quando é aproveitado de modo consciente. Do contrário traz para a mente evitativa da integração daquilo que é sombrio ou sobdesenvolvido à consciência experiências drásticas ou dramáticas, cujo resultado pode ser vivenciado como fonte de sofrimento.
E este é nosso momento planetário. Precisamos aprender que tudo aquilo que pensamos e emanamos com nossa energia pessoal magnetiza o coletivo de forma cada vez mais veloz e intensa. Precisamos nos apropriar desta energia e aprender a utilizá-la para harmonizar as relações que estabelecemos conosco e com o mundo.
Uma lunação de Lua cheia ativando esta configuração astrológica de caráter coletivo de alguma forma trará mais um sinal de que o aprendizado está em finalmente estabelecermos uma relação responsável por nossas próprias vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário