06 março 2017


CURSO DE INTRODUÇÃO A ASTROLOGIA PSICOLÓGICA

Compreender o sofrimento, estabelecer relação com nossos fantasmas interiores, liberar energia criativa, todas essas são possibilidades que se tornam presentes com o aprofundamento na relação com o Inconsciente.
O Inconsciente se revela por meio de imagens, de símbolos, e ampliar nossa capacidade de dialogar com ele faz com que o processo de nos tornar Nós Mesmos seja favorecido...

Assim como aprendemos inglês, espanhol como linguagens para ampliar nossos horizontes, podemos aprender Astrologia como recurso para dialogar com nosso inconsciente, e assim nos aprimorar na jornada humana rumo ao Si Mesmo.

Em Março, em Florianópolis, nova turma para o Curso de  Introdução à Astrologia Psicológica.

Aprenda a linguagem astrológica para leitura e compreensão dos processos psíquicos humanos!

Inscrições Abertas até 20/03


OBJETIVOS:

- Introduzir os princípios da linguagem astrológica como ferramenta para compreender o psiquismo humano na perspectiva da psicologia analítica;

- fornecer subsídios ao desenvolvimento do raciocínio simbólico e associativo, necessário à intepretação do mapa astrológico.

PÚBLICO ALVO: 

Curso livre destinado a todos interessados em conhecer a Astrologia como ferramenta de compreensão dos processos humanos, podendo ser útil na qualificação da prática profissional de terapeutas em geral.
*OBS – o curso possui caráter introdutório e não habilita à atuação profissional de Astrólogo.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

- O que é Astrologia?
- Noções sobre a história da Astrologia
- Raciocínio simbólico e a linguagem astrológica
- Psicologia Junguiana aplicada à astrologia: conceitos básicos
- Noções de Mecânica Celeste
- Estrutura e organização do Mapa Astrológico
- Quatro elementos, ciclo zodiacal e simbolismo do zodíaco
- O Horóscopo como representação do psiquismo
- Mitologia e Simbologia dos Signos, Planetas e Casas Astrológicas


17 ENCONTROS SEMANAIS de Março a Julho de 2017

Segundas-feiras das 14:30 às 16:45h

Início em 27 de Março de 2017

INVESTIMENTO: 4 parcelas de R$ 260,00
taxa de matrícula (materiais, apostila,): R$ 170,00

Informações e Inscrições escreva para:
tessmerliz@gmail.com

19 junho 2015

imagem: Josephine Wall

Saturno volta a Escorpião: a travessia pelo reino sombrio e o resgate do poder feminino.

A passagem de Saturno pelo signo de Escorpião nos últimos dois anos e meio representou um resgate de temas como sexualidade, morte, desapego e transformação de ordem emocional, trazendo à consciência [coletiva] a discussão de temas tabus em nossa cultura.
Ao iniciar o movimento retrógrado, Saturno que já havia adentrado o signo de Sagitário, retorna a Escorpião no período entre 15 de junho e 18 de setembro de 2015, coroando e consolidando a temática suscitada.
Saturno nos impõe o pesar e a responsabilidade sobre algo, nos força a amadurecer e encarar em termos práticos as consequências e limitações de algo que se apresenta.
Com a temática escorpiana em voga, o que estava oculto vem à tona, e assim vimos se exaltarem principalmente assuntos relacionados com a sexualidade, como a capacidade da mulher de parir, as questões de gênero envolvidas na vivência da sexualidade em todas as suas dimensões, como se esta temática estivesse expurgando o resultado, a revolta e o rancor por tudo que historicamente determinou sua repressão.
Como manifestação destas temáticas, vemos mulheres querendo se empoderar no e do processo de parir. Resolve-se falar da dor do parto, e de todos assuntos até então não ditos sobre o tema, desvelando-se que para além da dor e da forma como historicamente o parto foi entendido, existe o poder feminino subjacente que nos foi impedido ou desvirtuado.
Desnuda-se, pois, a situação de que o parto para a mulher brasileira é uma experiência envolta de medo e dor, legitimada pelo poder médico que à sombra de impedir o processo natural de seu empoderamento, promete alívio de tal vivência negativa através dos milagres que a ciência proporciona. Vemos aqui operar a racionalidade (da ciência) versus o obscurantismo (dos instintos, da fisiologia e da natureza feminina). E agora com o fechamento da passagem de Saturno por Escorpião, vemos o resgate ou a tentativa da natureza de equilibrar o que lhe foi podado.
E assim, o que estava oculto ganha força e um novo significado. A experiência de parir passa por uma transformação perante a consciência [coletiva]. E com este processo de purificação e transformação alquímica de sentidos dinamizado pela passagem de Saturno por escorpião, a jornada ao reino obscuro da alma onde residem os aspectos mais sombrios, instintivos relacionados com o medo e com a dor que envolvem a vivência do parto vem a tona. Refletindo sobre esta temática, algumas questões podem nortear nossa jornada.
Por que as mulheres temem parir? De que maneira se construiu na mentalidade da mulher brasileira a incapacidade de parir? Como resgatar na mulher sua força interior de forma que ela possa vencer a tarefa heróica de parir?
O resgate das temáticas mitológicas envoltas nesta vivência pode nos auxiliar na busca pela compreensão das imagens arquetípicas associadas ao que se apresenta como esse expurgo, ou como um fenômeno que tem sido nomeado de um resgate da dimensão sagrada do feminino.
Conforme se pode observar em diferentes mitos, a primeira tarefa arquetípica relacionada com a etapa escorpiana é o enfrentamento do medo e a superação dos aspectos inferiores da personalidade a partir do resgate da sombra para o reino da luz, ou da consciência.
Hércules em seu sétimo trabalho resgata a Hidra do lamaçal representando esse processo. Buda enfrentou seus medos sob a árvore bodhi quando uma serpente se aproximou e nele se enroscou sete vezes.
O processo de integração entre sombra (inconsciente) e luz (consciente), ou entre masculino e feminino, também é retratado nos mitos da descida de Ishtar ao mundo subterrâneo em busca do amante Tammuz, Orfeu em busca de Eurídice no mundo subterrâneo, e o rapto de Perséfone por Hades, quando é restabelecido o equilíbrio das energias masculina e feminina no mundo inferior.
O que podemos compreender neste processo é que ao trazer à consciência o conteúdo sombrio que envolve esta vivência, podemos concluir que somente a passagem vitoriosa pelo reino de Hades, ou pelo reino das sombras poderá resgatar na mulher o poder de se assumir mulher em sua plenitude, e com ele o poder de parir. Ou seja, quando ela se depara com a tarefa de parir e encara os medos associados, ela transita por este reino sombrio, mas encontra nesta jornada a riqueza de seu próprio poder.
E como fazer a travessia pelo reino sombrio ser uma tarefa bem sucedida?
Somente crendo que ela é capaz, ela o será. Somente acessando internamente uma referência de força e resistência, e ao mesmo tempo de confiança na sua própria natureza ancestral e instintiva, é que a mulher poderá abrir espaço para uma experiência positiva sobre o parto, e assim atribuir ao processo fisiológico de parir sentidos positivos e necessários a sua própria transformação como mulher.
Este espaço interno é um lugar onde a mulher se sente à vontade com a sua sexualidade e assim pode se entregar à experiência de parir, obter sucesso nesta jornada, e mais que isso, referenciar essa como uma experiência positiva de encontro com a própria potência feminina.



07 setembro 2014


Super Lua de 08 Setembro de 2014


Não tão próxima ao perigeu (menor distância da Terra) quanto foi no mês de agosto, a Lua cheia de setembro será também uma super Lua, pois a fase cheia se dará às 22:39h e atingirá o perigeu às 00h30, a uma distância aproximada de 358.387 km. 
A super Lua tem a observação favorecida pois a proximidade da fase cheia com o perigeu aumenta em torno de 14% seu tamanho e 30% seu brilho.
Astrologicamente, a Lua cheia este mês se dá aos 16 graus e 19 minutos do signo de Peixes e estabelece aspecto de trígono a Saturno, favorecendo a intuição e o romantismo, e a estabilidade na expressão emocional.
Para saber como isso afetará cada um individualmente, basta observar onde se localiza no mapa de nascimento esta posição de Peixes, assim como os aspectos que estabelece com os planetas natais. A casa natal afetada evocará as temáticas relacionadas.
As lunações exercem sua força uma semana antes e uma semana depois, com situações concretas evocadas com maior significância de acordo com a relevância dos pontos natais afetados.
A possibilidade de melhor observação do fenômeno da fase cheia com a proximidade do perigeu, que é o que caracteriza o fenômeno da super Lua, possibilita um contato maior com nosso satélite, e por isso favorece um momento de reflexão meditativa sobre seu sentido íntimo e subjetivo.
Céu claro a todos!!


21 março 2014

Ano astrológico de 2014

A cada ciclo de revolução da Terra ao redor do Sol, a vida se renova. Esta é a simbologia relacionada com o percurso que marca nosso calendário anual e exalta o astro doador de vida, o Sol pela jornada ao longo dos 12 signos zodiacais. Ali se retratam as etapas do desenvolvimento da vida, da manifestação da natureza tão bem expressa nos marcos das quatro estações.
Embora nosso calendário não esteja estruturado em torno deste ciclo, é nele que reside a mais profunda simbologia associada ao crescer, amadurecer e morrer que rege a vida na Terra. É portanto no marco inicial deste ciclo, quando no hemisfério Norte se determinava o 0 graus de Áries, no equinócio de primavera, que a vida recomeçava, anualmente.
Para nós viventes do hemisfério sul, esta data se define no dia 20 de Março, quando ocorre o equinócio de outono. O equinócio é o momento do ano em que se sucede o cruzamento entre os planos da eclíptica, a aparente trajetória do Sol quando observada da Terra, e o Equador, unindo a dimensão humana, terrena com a dimensão celeste.
A intenção deste texto é propor uma interpretação do ano astrológico, calculado a partir do mapa traçado para o ingresso do Sol em Áries no ano de 2014, horário de Brasília/DF, e relacionado com o mapa do Brasil, a fim de suscitar algumas possibilidades de vivência coletiva desta energia no nosso país.
 Antes de começar, preciso fazer algumas ressalvas. Tenho lido muito sobre a ênfase dada ao planeta regente do ano, como se isso realmente fosse a coisa mais significativa a se apontar em uma interpretação.
Gostaria de deixar claro que o percurso interpretativo de que me utilizo difere da tradição cabalística, baseada na Estrela de 7 Pontas, que estabelece para 2014 a regência do planeta Júpiter, por entender que esta técnica não se refere a eventos astrológicos significativos do ponto de vista técnico.
Lamentável a ampla divulgação na mídia de técnicas utilizadas de forma muitas vezes parcial ou distorcida, forçando uma percepção viciada no leigo que se arma de inúmeros argumentos para discutir o que sequer compreende.
Quem conhece meu trabalho sabe a seriedade com que encaro a Astrologia e para estes creio ser este esclarecimento desnecessário. Por outro lado, não pretendo impor nenhuma leitura preditiva, apenas dialogar com os símbolos com os quais sintonizo pelas lentes de técnicas amplamente estudadas e outras aprendidas com colegas e profissionais mais experientes ao longo destes 22 anos de trajetória, desde que comecei este caminho na Astrologia.
Pois bem, vamos ao mapa.
O mapa astrológico de 2014 se apresenta com predominância do elemento água, elemento de qualidade úmida e fria, que nos fala da introspecção e da característica emocional, ou talvez passional que este ano revela, já que a qualidade predominante é cardinal, então a característica emocional adquire uma tonalidade mais diretiva, que inicia, se expressa.
O signo de água cardinal é Câncer, que este ano se apresenta no ascendente, e a Lua, seu regente, está em Escorpião na quarta casa em conjunção com Saturno.  
Como signo predominante e Ascendente do ano, Câncer trará fertilidade, criatividade, o país provavelmente discutirá, falará e se preocupará mais com seus próprios recursos, com a sustentação e a própria subsistência.
Será um ano em que o país finalmente acordará para sua riqueza e buscará valorizá-la de uma forma justa e acessível a seu povo?
A conjunção do regente Lua com Saturno em Escorpião indica que este tema enfrentará muitos desafios. A manipulação, as transações ocultas, o mal uso do poder, a corrupção. Tudo isso se interpõe à possibilidade da fertilidade lunar se manifestar.
No mapa do Brasil, o signo de Câncer está na quinta casa, e como setor relacionado ao entretenimento, justo pensar na impactação que será para o país o Brasil enquanto sede da Copa do Mundo, um evento internacional, como se pode relacionar à presença da Lua na nona casa do mapa do país.
Aliás, a discussão sobre essa impactação da copa do mundo já está ocorrendo há alguns meses. É bem possível que o gigante tenha acordado e voltado a dormir, embora a energia sugira uma tensão, um desconforto, uma implosão sobre o tema.
Por outro lado, Júpiter está em ascensão neste mapa, e traz certa expansividade e afetividade no que concerne os relacionamentos. Com o aspecto de trígono que estabelece à conjunção entre Netuno e Mercúrio em Peixes, a dimensão afeto, compreensão, intuição parece se exacerbar.
Peixes, Netuno e Mercúrio são arquétipos hermafroditas, então muito possivelmente este aspecto favoreça maior harmonia, compreensão ou mesmo conquistas jurídicas no que concerne a questão da homossexualidade. 
Outra configuração importante que envolve Júpiter é o T-quadrado formado com a oposição de Júpiter a Plutão, associado a uma dupla quadratura a Urano na nona casa, que no mapa do Brasil recai sob a segunda. Uma mudança radical de valores, e também na utilização dos recursos, na forma como temos nos comportado em relação àquilo que possuímos. O desperdício, a má utilização de nossas vastas potencialidades, a perversão institucional no país do pão e circo. Sob esta perspectiva, teremos um ano tenso. Urano, no entanto, evoca a novidade, a ação de ruptura, a mudança. Bem possível que alguma ação seja acionada a partir desta energia, embora possa ser fugaz ou pouco consistente, dada a presença de signos cardinais nesta configuração.
Será um ano bom, será um ano ruim?
De um ponto de vista mais individual, será um ano em que certamente deveremos nos observar mais em termos emocionais e afetivos, pois este é o grande desafio para compreender ou talvez aprender a lidar melhor com nosso aspecto de humanidade. A violência pode ser nada mais nada menos que a dificuldade de amar, de expressar nossos sentimentos. Vivemos em um modelo repressivo e punitivo, onde não há lugar para a espontaneidade e a liberdade. Com a Lua junto a Saturno, buscamos levar a sério e amadurecer em termos emocionais. Mas para isso um aprofundamento e uma transformação pessoal (Escorpião) se fazem necessários. E para isso não há nenhum outro caminho senão o autoconhecimento.

Feliz ano novo!

28 dezembro 2013

Vênus retrógrada!

No período entre 23 de dezembro de 2013 e 2 de fevereiro de 2014 vivenciaremos nova retrogradação de Vênus que iniciou seu movimento de retorno aparente aos 28 graus de capricórnio, e retoma o movimento direto aos 13 graus do mesmo signo.
Vênus é um dos planetas que nos remete às vivências de ordem pessoal e se relaciona à forma como, do ponto de vista emocional e anímico (relativo à alma), valorizamos o que vivemos. Representa também a capacidade de receber e expressar afeição, a capacidade de cooperar e se harmonizar nas relações que estabelecemos, o senso estético e artístico, a sensualidade e a feminilidade.
Aqui tudo que é duradouro e representa a estabilidade demandará uma atenção e uma reflexão cuidadosa. A natureza amorosa do signo de Capricórnio está relacionada com a forma prática como lidamos com aquilo que foi conquistado mediante o esforço e a dedicação persistente.
O amor expresso pelo filtro de capricórnio é um amor que busca segurança e estabilidade, às vezes temoroso e propenso à repressão das situações mais espontâneas.
Como o movimento retrógrado estimula a reflexão e a introspecção energética, este é um momento favorável para entrar em contato com inseguranças pessoais no que se refere ao amor e aos relacionamentos. Antigos relacionamentos podem vir à tona como forma de rever alguns padrões e sentimentos. Portanto, dois signos representam possibilidades de dissolução destes entraves energéticos, que são aqueles com os quais Capricórnio estabelece aspecto de quincuncio: Gêmeos, e Leão. Com Gêmeos aprendemos a dar movimento e trazer maior leveza para as vivências e lembranças. Aprende-se ainda a verbalizar os sentimentos e fazer contato com os mesmos a fim de adquirir maior compreensão. Com Leão desenvolve-se a coragem para expressar-se verdadeiramente, vencendo medos e inibições impostas pela frieza e insegurança capricornianas.
No que concerne aos talentos e valores enquanto recursos financeiros, o momento de retrogradação de Vênus não é aconselhado para vendas e aquisições de bens de grande valor, podendo o negócio não sair tão bem quanto esperado.
Como todo movimento de interiorização, as atitudes mais propensas no período são aquelas que favorecem nossa consciência sobre valores e capacidade de dar e receber amor, ao invés de buscar resolver ou realiza-los no plano externo objetivo.

25 março 2013

Nota sobre o planeta regente do ano 2013

Mediante tantos questionamentos que me tem sido feitos sobre este tema, mais uma vez considero pertinente trazer à tona o assunto da regência do ano.
É comum vermos anualmente ampla divulgação acerca do planeta regente do ano anunciando tendências e previsões para o início de cada novo ciclo. Gostaria, no entanto, de tecer algumas considerações importantes a respeito da eleição de um planeta como regente do ano, o que também é tema de contradição entre os próprios Astrólogos.
Um dos métodos mais difundidos na mídia para o cálculo do regente seria a chamada “Estrela Cabalística de Sete Pontas”, ou o método que toma como base a tabela fixa e sequencial utilizada pelos antigos Caldeus. A partir desta perspectiva, o planeta regente de 2013 seria Saturno. 
No entanto, a Ordem Nacional dos Astrólogos e Cosmoanalistas (ABA) divulga anualmente uma nota criticando o cálculo do regente com base nos métodos que se utilizam de tabelas fixas, visto que em função da velocidade dos planetas não ser regular, a única tabela que poderia apresentar uma posição astral real seriam as Efemérides. 
Assim, a ABA considera que a regência de cada ano deve ser calculada com o ingresso do Sol em Áries a partir de cada local da Terra. De acordo com esta consideração, não haveria um único regente do ano para todo o planeta como prevê as técnicas baseadas em tabelas fixas, o que é bastante plausível visto que a forma como cada contexto específico (seja uma nação, um indivíduo, etc.) vivenciará a influência astrológica certamente é diferente e depende do sistema cultural que o define.
Dentro desta proposta o ano astrológico se inicia em 20 de março e não em 1 de Janeiro, pois é nesta data que o Sol inicia um novo ciclo a partir do primeiro grau de Áries.
Tal como postado anteriormente, o mapa astrológico do ingresso em Áries em 2013 tem como signo Ascendente o próprio signo de Áries e seu regente Marte, se encontra domiciliado neste signo. Portanto, a regência do ano 2013 seria Marte e não Saturno como tem sido anunciado. Breve interpretação desta carta astrológica já foi aqui postada para maior aprofundamento neste assunto.

21 março 2013

Ano Astrológico de 2013


Ao ingressar aos zero graus do signo de Áries o Sol marca mais um começo. Começo de um ciclo energético arquetipicamente referenciado pelos 12 signos, marcado pelos equinócios e solstícios e organizando, desta forma, nossa experiência no mundo.
Sendo a vida uma experiência cíclica dinamizada pelo entrelaçamento de ciclos em muitas dimensões (micro e macrocósmicas), cabe-nos buscar na experiência simbólica algum sentido para nossas vivências, e talvez o símbolo de maior maestria para representar o potencial de vida dentro de nossas inscrições psíquicas mais profundas seja o Sol.
Neste ano, o equinócio ocorreu em 20 de março de 2013, sendo o mapa calculado para este ingresso solar no signo de Áries a referência para o simbolismo a ser descrito sobre o ano, tendo como base o mapa astrológico do Brasil enquanto o palco sob o qual revelar-se-ão as vivências.
Pois bem, o ano astrológico se inicia com o Ascendente em Áries, e o planeta regente, Marte, se encontra em conjunção ao Sol na décima segunda casa no mesmo signo. O regente do ano é portanto Marte, que está domiciliado no signo que rege, impondo à ação coletiva a iniciativa, a autenticidade, o início abrupto, exuberante e independente como o desabrochar da própria primavera. Marte enquanto planeta da ação indica que é momento de agir, e o que precisava de mais dinamicidade terá energia suficiente para ser iniciado este ano, talvez de forma abrupta, revolucionária e questionadora, considerando sua conjunção com o planeta Urano. Marte em termos coletivos está relacionado com as forças militares, com a juventude masculina, com o potencial para agir e direcionar energia.
A posição de Marte na décima segunda casa indica que este ano pode de fato ser o coroamento de uma eclosão de tudo aquilo que se relaciona com o que não está integrado à sociedade e que há mais ou menos dois ciclos já vem mostrando sinais de saturação e crise.
Desta forma, moradores de rua, adictos, criminosos, loucos, assim como instituições de reclusão, prisões, hospícios, casas de repouso, todos ambientes de isolamento e exclusão eclodirão como tema este ano. A questão da homossexualidade também é forte candidata a tema de destaque, principalmente porque a conjunção Sol-Marte inclui o planeta Vênus que está nos últimos graus do signo de Peixes. Os dois planetas relacionados à sexualidade, aos princípios masculino e feminino estão em conjunção, ou seja, uma associação destas imagens, mas de forma pouco integrada e além de tudo confusa, porque se encontram sem signos diferentes; um mais difuso e idealista, o outro mais diretivo e agressivo, podendo suscitar conflitos de ordem inclusive política e religiosa.
O fato deste stellium ou conglomerado de planetas (Sol, Marte, Vênus e Urano) estar dinamizado por uma oposição entre Plutão e Lua nos signos de Capricórnio e Câncer respectivamente, torna esta uma poderosa configuração de T-quadrado, o que indica que estas temáticas citadas poderão ser o estopim de uma manifestação violenta, tendendo ao descontrole e às atitudes reacionárias, porque a configuração incita ao movimento como uma tentativa de solucionar os conflitos.
A conjunção de Vênus com Sol, por outro lado, propõe a necessidade de maior sensibilização das pessoas, o que individualmente pode evocar processos de aprofundamento nas temáticas emocionais individuais, como um reconhecimento imperativo de que é através da dimensão emocional que cada um poderá evocar as transformações necessárias ao desenvolvimento pessoal. Em termos coletivos esta energia dá destaque para a arte, a cultura, a música (Vênus está em Peixes!), a vivência dos prazeres, a moda, podendo conceder maior efervescência a estes temas.
Outra configuração maior se destaca para este ano de 2013: o grande trígono do elemento água, com a associação dos planetas Mercúrio, Netuno e Quíron logo no início do signo de Peixes, Saturno em Escorpião e Lua em Câncer. Esta configuração nas casas de ar indica que esta sensibilidade afetiva precisa ser aprofundada principalmente nos relacionamentos humanos, e a energia está bastante favorável para isto, sendo esta talvez a faceta desvelada do processo disruptivo e supostamente violento associado à tentativa repetitiva e frustrada de lidar com o que (ou quem) não é aceito e integrado em nossa sociedade. Este destaque para o elemento água pode também indicar situações que serão enfrentadas em função do excesso de água, como eventos metereológicos e ambientais envolvendo este elemento, lembrando que a conjunção Netuno-Mercúrio em Peixes é afetada pelo expansivo Júpiter através de um aspecto de quadratura. Tivemos uma prévia disto já com as mortes causadas pelas chuvas e deslizamentos em Petrópolis/RJ logo um dia antes do equinócio, quando Mercúrio retomava seu movimento direto no signo de Peixes.
Vejo ainda se repetir o tema da educação, e principalmente da educação básica e da formação de nossas crianças, já que o Ascendente em Áries ativa a terceira casa do mapa do Brasil e a Lua do mapa anual recai sob a quinta casa do tema brasileiro. Assim, os processos de ensino-aprendizagem tão somente esgotados por metodologias arcaicas e castradoras do processo criativo recai sob o olhar de especialistas e traz a tona esta discussão, talvez de forma mais significativa. A arte e as formas de desenvolver o potencial humano através das possibilidades expressivas, já que a emoção será exaltada, são possibilidades para expressar esta energia.
Da mesma forma as comunicações e a movimentação (olha aí a mobilidade urbana em voga novamente) também são destaques para o ano. Uma superlotação de carros e automóveis nas cidades torna as coisas cada vez mais caóticas, incitando as mobilizações populares para buscar soluções ao que cada vez mais se percebe como o principal problema da questão urbana. A questão do combustível e de tudo que se abriga sob a terra, petróleo, recursos, minérios ganha destaque considerando a recepção mútua entre Saturno e Plutão. Energias renováveis e sustentabilidade, mais uma vez as coisas tomam este caminho mas certamente com muitos enfrentamentos políticos, corrupção, interesses diversos, abuso de poder, como já temos visto há algum tempo desde que instaurada a quadratura Urano-Plutão e cada vez mais.
Mercúrio é também a comunicação e com Netuno as pessoas se tornam mais intuitivas, perceptivas, o olhar é integrativo e o interesse pelo oculto, pelos temas metafísicos ficam exacerbados. A mente está acelerada pois a quadratura com Júpiter em Gêmeos traz essa inquietude e este excesso de movimentação, excesso de estímulos, chamando a consciência a desenvolver outras formas de se relacionar com a experiência de vida. A dispersão está no ar assim como a possibilidade de conflitos ideológicos sobre religiosidade e ciência, já que estamos beirando uma mudança drástica de paradigma de pensamento coletivo.